segunda-feira, 21 de março de 2011

Eu grito

Hoje eu estou especialmente irada. É isso mesmo IRADA!
Estou com raiva e com nojo. Raiva dessa gente mesquinha que tem coragem de enforcar cachorrinhos por prazer e quebrar galhos de ipês sabe-se lá porque.
Mas não é só isso, é uma revolta com tudo, com o que o ser humano é, e como tem a capacidade de piorar cada dia mais.
Estou num movimento de desinteresse por tudo e por todos, até da faculdade tenho relaxado e sinto uma crescente falta de objetivos... Não tem pelo que lutar nem em que se inspirar.
Os mais passivos choram e deprimem-se. Mas eu grito, eu berro, mordo, esperneio!
Essa sociedade (especialmente a brasileira) anda cada vez mais imunda. Gente que esfaqueia professor e gente que não respeita ninguém. Adultos que não tem responsabilidade sobre os seus atos e só uma meia dúzia de gente consciente no mundo. Esse é o cenário desse pandemônio que estamos vivendo desde sempre.
Gente oprimida e débil e amoral, aplaudindo poderosos e como num circo de macacos fazendo graça para parecer legal...
Alguém (lúcido) já disse antes “A estupidez humana não tem limites”, com razão, confesso que me custa mensurar isso, mas quando vejo determinadas notícias (e eu ainda me choco com muitas) é que sinto reafirmada a frase.
Estupros, abusos de poder, assassinatos cruéis, corrupção, orgias... Tudo isso é tão corriqueiro que muitos tem a impressão de que são coisas absolutamente normais e aceitáveis. São as crianças que crescem com esse tipo de valores que vemos nos rostos dos adultos por todos os lados. A falta de capacidade crítica é o mais tem me doído ver nas pessoas ultimamente. Há também o acentuado desinteresse por tudo que há de realmente útil para a construção de uma sociedade equilibrada.
Eu me lembro de ouvir o Chorão cantando com a Negra Li “eu sei que é difícil acreditar mas essa porra um dia vai mudar”. Pra mim não é difícil acreditar, é impossível! Essa porra nunca vai mudar, isso é fato!
Embora eu tenha uma vida relativamente boa, conheça muitas pessoas inteligentes, viva em uma cidade minimamente descente (isso em comparação com milhares de municípios brasileiros que vivem jogados às traças e não em relação a um bom nível de desenvolvimento social aceitável), e tenha muitos motivos na vida para ser uma pessoa conformada, eu não posso negar que os efeitos psicológicos de ter sido criada nessa sociedade torta e devassa me influenciem diretamente. E me revoltem não só pelo que eu vejo, mas também pelas minhas ações e pelas ações de meus colegas. A única diferença é que eu (e alguns outros), mesmo que mal e parcamente (e não sem muito esforço), tento seguir um caminho reto e me tornar uma pessoa ao menos aceitável do ponto de vista social. Enquanto este reles raciocínio não passa nem de longe na mente de uns e outros que se deixam levar pela vida como uma manada de bois mansos...

“O Triunfo das Nulidades
De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.
(Senado Federal, RJ. Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86) “

3 comentários:

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