segunda-feira, 21 de março de 2011

Eu grito

Hoje eu estou especialmente irada. É isso mesmo IRADA!
Estou com raiva e com nojo. Raiva dessa gente mesquinha que tem coragem de enforcar cachorrinhos por prazer e quebrar galhos de ipês sabe-se lá porque.
Mas não é só isso, é uma revolta com tudo, com o que o ser humano é, e como tem a capacidade de piorar cada dia mais.
Estou num movimento de desinteresse por tudo e por todos, até da faculdade tenho relaxado e sinto uma crescente falta de objetivos... Não tem pelo que lutar nem em que se inspirar.
Os mais passivos choram e deprimem-se. Mas eu grito, eu berro, mordo, esperneio!
Essa sociedade (especialmente a brasileira) anda cada vez mais imunda. Gente que esfaqueia professor e gente que não respeita ninguém. Adultos que não tem responsabilidade sobre os seus atos e só uma meia dúzia de gente consciente no mundo. Esse é o cenário desse pandemônio que estamos vivendo desde sempre.
Gente oprimida e débil e amoral, aplaudindo poderosos e como num circo de macacos fazendo graça para parecer legal...
Alguém (lúcido) já disse antes “A estupidez humana não tem limites”, com razão, confesso que me custa mensurar isso, mas quando vejo determinadas notícias (e eu ainda me choco com muitas) é que sinto reafirmada a frase.
Estupros, abusos de poder, assassinatos cruéis, corrupção, orgias... Tudo isso é tão corriqueiro que muitos tem a impressão de que são coisas absolutamente normais e aceitáveis. São as crianças que crescem com esse tipo de valores que vemos nos rostos dos adultos por todos os lados. A falta de capacidade crítica é o mais tem me doído ver nas pessoas ultimamente. Há também o acentuado desinteresse por tudo que há de realmente útil para a construção de uma sociedade equilibrada.
Eu me lembro de ouvir o Chorão cantando com a Negra Li “eu sei que é difícil acreditar mas essa porra um dia vai mudar”. Pra mim não é difícil acreditar, é impossível! Essa porra nunca vai mudar, isso é fato!
Embora eu tenha uma vida relativamente boa, conheça muitas pessoas inteligentes, viva em uma cidade minimamente descente (isso em comparação com milhares de municípios brasileiros que vivem jogados às traças e não em relação a um bom nível de desenvolvimento social aceitável), e tenha muitos motivos na vida para ser uma pessoa conformada, eu não posso negar que os efeitos psicológicos de ter sido criada nessa sociedade torta e devassa me influenciem diretamente. E me revoltem não só pelo que eu vejo, mas também pelas minhas ações e pelas ações de meus colegas. A única diferença é que eu (e alguns outros), mesmo que mal e parcamente (e não sem muito esforço), tento seguir um caminho reto e me tornar uma pessoa ao menos aceitável do ponto de vista social. Enquanto este reles raciocínio não passa nem de longe na mente de uns e outros que se deixam levar pela vida como uma manada de bois mansos...

“O Triunfo das Nulidades
De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.
(Senado Federal, RJ. Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86) “

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Frases sobre animais... Lindas!


- O maior amor é o de mãe, depois o de um cão e depois o da namorada .
Provérbio polaco


- Os cães não são tudo na nossa vida, mas fazem da nossa vida tudo .
Roger Caras


- Os cães são o nosso elo com o paraíso. Eles não conhecem a maldade, a inveja ou o descontentamento. Sentar-se com um cão ao pé de uma colina numa linda tarde, é voltar ao Éden onde ficar sem fazer nada não era tédio, era paz .
Milan Kundera


- O grande prazer de um cão é você ser um idiota com ele que, por sua vez, não só não se zangará, como irá se fazer de idiota também .
Samuel Butler


- O dinheiro lhe comprará um lindo cão, mas jamais comprará o abanar do seu rabo .
Henry Wheeler Shaw


- As histórias têm muito mais exemplos da fidelidade dos cães que dos amigos .
Alexander Pope


- Eu amo o cão. Ele não faz nada por razões políticas .
Will Rogers


- Se um cão não vier até você após ter olhado em seu rosto, você deverá ir para casa e examinar sua consciência .
Woodrow Wilson


- Se eu tenho alguma crença a respeito de imortalidade, esta é de que vários cães que eu conheci irão para o paraíso e muito, muito poucas pessoas .
James Thurber


- Se você quiser realmente aproveitar a companhia de um cão, não o treine para ser um 'semi-humano'. Abra seu espírito para a possibilidade de tornar-se, parcialmente, um deles .
Edward Hoagland


- Se o seu cão não gosta de alguém, faça o mesmo .
Desconhecido


- Se excluirmos o fumo e o jogo, veremos com surpresa que quase todos os prazeres de um homem podem ser, e quase sempre são, compartilhados com seu cão.
George Bernard Shaw


- Quanto mais pessoas eu conheço, mais eu gosto do meu cão .
Desconhecido


- Não importa que sejam poucas as suas posses e o seu dinheiro. Ter um cão torna-o rico .
Louis Sabin


- Nenhum homem pode ser condenado por ter um cão. Enquanto ele o tiver, este será seu amigo; e quanto mais pobre ficar, melhor amigo terá .
Will Rogers


- Não há no mundo melhor tratamento psiquiátrico do que um cachorro lambendo seu o rosto .
Ben Williams


- Todos os animais, com excepção do homem, sabem que a urgência da vida é aproveitá-la .
Samuel Butler


- Um cão não é 'quase humano', e não conheço maior insulto à espécie canina do que descrevê-la como tal.
John Holmes


- Lembrem-se do Todo Poderoso, que nos deu o cão como companheiro de nossos prazeres e de nosso trabalho, investindo-o de natureza nobre e incapaz decausar decepções .
Sir Walter Scott


- Em algum lugar, sempre haverá um cãozinho abandonado me impedindo de ser feliz .
Jean Anouilb


- Cães amam seus amigos e mordem seus inimigos, bem diferente das pessoas, que são incapazes de sentir amor puro e têm sempre que misturar amor e ódio em suas relações .
Sigmund Freud

- No semblante de um animal que não fala, há todo um discurso que só um espírito sábio é capaz de entender !
Provérbio Indiano

- Todo o cachorro independentemente do seu sexo, é complemento da vida humana. Todo o ser humano deveria experimentar amar um cão , só assim entenderia o que é amor . Todo o ser vivo é uma manifestação da natureza, e a natureza é uma manifestação da vida
Altair Pereira


- A razão de eu amar tanto o meu cachorro é porque quando chego em casa ele é o único no mundo que me trata como seu fosse 'Os Beatles'.
Bill Maher (colunista, escritor e militante pelos direitos dos animais)


- Falai aos animais, em lugar de lhes bater.
Tolstoi


- Jamais creia que os animais sofrem menos do que os humanos. A dor é a mesma para eles e para nós. Talvez pior, pois eles não podem ajudar a si mesmos.
Dr. Louis J. Camuti


- A compaixão para com os animais é das mais nobres virtudes da natureza humana.
Charles Darwin


- Os animais dividem conosco o privilégio de terem uma alma.
Pythagoras


- A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados.
Mahatma Gandhi

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Do presente que ganhei dia 19 de dezembro de um morador de rua... e bêbado!

Foi assim, eu estava indo pra casa de minha avó para passar uns dias. Era dia 19 de dezembro, estava bem frio e cinza de nuvens de chuva pesadas.
Ele estava lá na parada, pedindo dinheiro para inteirar sua passagem para a embriaguez, segundo ele mesmo. Pediu a uma moça que pedisse um poema, tendo ela ignorado começou a recitar.

Versos Íntimos
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
Augusto dos Anjos

E depois ainda disse...

"... tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo condizia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações! "
Eça de Queiroz, O Primo Basílio

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Eu queria tanto

Eu queria tanto que nem sei como pedir.
Queria tanto aquela forma de amor utópica e estranhamente perigosa mesmo que íntagível,
Que nem sei pedir...
Estou de volta novamente. Nossa! quanta coisa aconteceu e está acontecendo e meu blog está aqui, JURÁSSICO!

Em primeiro lugar quero dizer que contra TODAS as expectativas eu passei no semestre passado... Foi MARA!

Em segundo lugar quero dizer que mesmo que ninguém se importe em saber, eu estou bem, e feliz e juro que a rotina e o lugar-comum e toda essa gente mesquinha nunca vai me mudar. Mesmo que eu trabalhe, é fato!

Em terceiro lugar, acho que era só isso por enquanto. XAU!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

É verdade meu bom amigo blog, ontem foi meu aniversário. Não vou fazer aquele "clichético" balanço anual...
Só queria dizer que ando vazia, como sempre, aliás, ter 23 anos é exatamente igual a ter 22.
Foram 3 dias de comemorações, entre festinhas da faculdade, almoços e cafés. Aliás, tive meu primeiro bolo de aniversário este ano!
Ai, recebi tantas "declarações". Mando a todos um amarelado MUITO OBRIGADA!
É que tô meio abalada, e inteiramente apática hoje.


QUANDO EU ME SINTO UM POUCO REJEITADA
ME DÁ UM NÓ NA GARGANTA.
CHORO ATÉ SECAR A ALMA DE TODA MÁGOA,
DEPOIS EU PASSO PRÁ OUTRA.
COMO MUTANTE
NO FUNDO SEMPRE SOZINHO
SEGUINDO O MEU CAMINHO...

LÁ, LÁ, LÁ, LÁ, LÁ...

terça-feira, 27 de abril de 2010

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Quanto mais eu rezo mais pedagogos me aparecem!

Sinceramente, já que é pra reclamar (como dizia Rauzito, e lembro que este blog é pra isso; não ficar enchendo o saco de ninguém com minhas reclamações, e sim vomitar tudo aqui), oh my God! Como eu detesto aquele povo de pedagogia que faz aula de filosofia comigo! Aliás, tem uma ou duas que parecem ter cérebro e usá-lo, o que a maioria não faz. Como pode, pessoas que serão as futuras "tias" das criancinhas no colégio, não conseguirem sequer formular uma opinião própria e original sobre qualquer assunto que seja? E o PIOR, não conseguem interpretar um texto filosófico simples!
Ainda dizem que o futuro do Brasil é a educação! Me poupem minhas caras...
Eu confesso que é engraçado ver a cara de "raivinha" delas quando não podem revidar um argumento ofensivo, (mesmo que seja puro sofisma) que lanço sem dó. Todos conhecem meu temperamento fleumático, irritante, irônico e provocativo. Elas merecem, eu me divirto. Mas vou parar de pegar pesado, já fiz algumas inimizades e não quero mais gente feia me lançando energia negativa.
Mudando de assunto...
Eu pintei o Bob de azul, mas já me arrependi. O Bob é o poodle branco da minha avó. O pior é que a danada da tinta não sai e tenho que entregar ele amanhã! Todo mundo disse que ele tá feio e que vovó, recém chegada dos States, vai detestar. Ah qual é! É só um cachorrinho. Ninguém tem direito de brigar comigo por causa disso.
Passado o momento de infantilidade aguda e preocupação boba com Bob, gostaria de saber por que motivo eu não estou nenhum pouco aflita com o fato de ter tirado 4.2 em Gestão Financeira II e 5.6 em Contabilidade Gerencial (eis um ótimo motivo para que ninguém, absolutamente ninguém da minha família conheça a existência deste blog, que mais parece um diário encontrado num hospício).
Ai, ai, ai...

Vida louca vida
Vida breve
Já que eu não posso te levar
Quero que você me leve
Vida louca vida
Vida imensa
Ninguém vai nos perdoar
Nosso crime não compensa


Se ninguém olha quando você passa você logo acha 'Eu to carente'
'Eu sou manchete popular'
Tô cansado de tanta babaquice, tanta caretice
Desta eterna falta do que falar


Se ninguém olha quando você passa você logo acha que a vida voltou ao normal
Aquela vida sem sentido, volta sem perigo
É a mesma vida sempre igual
Se niguém olha quando você passa você logo diz 'Palhaço'
Você acha que não tá legal
Corre todos os perigos, perde os sentidos
Você passa mal


Vida louca vida
Vida breve
Já que eu não posso te levar
Quero que você me leve
Vida louca vida
Vida imensa
Ninguém vai nos perdoar
Nosso crime não compensa


Se ninguém olha quando você passa você logo acha 'Eu tô carente'
'Eu sou manchete popular'
Tô cansado de tanta caretice, tanta babaquice
Desta eterna falta do que falar


Vida louca vida
Vida breve
Já que eu não posso te levar
Quero que você me leve
Vida louca vida
Vida imensa
Ninguém vai nos perdoar
Nosso crime não compensa

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Só para constar

1 - Por que tem tanta coisa que eu não sei? Ai que raiva! Ai que ódio!
2 - Michael Jackson não morreu. Eu gosto dele, e daí?
3 - Não sei mais ler nem escrever, ando sem paciência.
4 - Vou matar meu pc e meu msn se ele não entrar hoje a noite. Já fiz de tudo naquela carniça!
5 - A vida não é 100% ruim, hoje conheci o Diogo. Ele é tão correto que senti vergonha de mim.
6 - Como ele descobriu aquelas coisas sobre mim? Será que ele anda me perseguindo?
7 - Eu tô carente. Buáááááááááá!!!!!!
8 - A Fiona pegou sarna. Dizem que não tem cura...
9 - Tô com saudade da Dani, por onde ela anda?
10 - Tô escrevendo melhor ofícios de processos, memorandos e essas coisas.
11 - Que pena, ele sumiu, fazer o que né?
12 - A apresentação de Sahaja Yoga foi o máximo! Ah, a manifestação pelo transtorno mental com dignidade também.
13 - Eu não estudo, nunca estudei e nunca estudarei na UnB.
14 - Eu não sou e não leio Bobbio!!!!
15 - Tem tanta gente que se sente na faculdade, bando de povo feio!
16 - Ainnnn será que eu tô gostando mesmo dele?
17 - Fiz um form, /anarosapink.
18 - Meu novo msn é anaalice7@hotmail.com
19 - Beijo, não me liga!

Sobre a música e Platão

"A música é uma lei moral. Ela dá uma alma ao Universo, asas ao pensamento, um impulso à imaginação, um encanto à tristeza, a alegria e a vida a todas as coisas. Ela é a essência da ordem e eleva em direção a tudo o que é bom, justo e belo, de que ela é a forma invisível porém surpreendente, apaixonada, eterna." Platão.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Eta vida besta, meu Deus.

Acorda cedo, vai pra faculdade, almoça correndo, vai pro trabalho, chega em casa, liga o computador, sente sono, acorda cedo, vai pra faculdade, almoça correndo, vai pro trabalho, chega em casa, liga o computador, sente sono. Obrigada meu Deus!
Quero cuidar do Eli, ela vai ficar bem, e eu também. Eu tô feliz agora, mas hoje vomitei porque me senti mal. Fiquei babando... Mas já passou, eu tô feliz! (despois vou falar daqueles níveis de felicidade, não me esqueça).

quarta-feira, 3 de março de 2010

Do dia que não posso esquecer

Não posso esquecer o dia de hoje. Sei que devo a meu blog, eu sei também que é só um blog, mas eu me cobro. Por que??? É uma característica minha. Ser sistemática com uma inclinação à auto-cobrança exagerada, principalmente pelas coisas que não faço.
Hoje li coisas que me inspiraram.
Mas preciso lembrar do dia de hoje, não deixar as coisas caírem no esquecimento como sempre acontece o tempo todo. O tempo, um cordão esticado que muda de números e cores que não podemos decorar, esquecemos... Isso assusta.
Ontem e antes de ontem me senti extremamente mal, de mau humor e entediada da vida. "Vontade de correr louca!" Mas não de triste. Era um sentimento meio hippie, algo do gênero.
Hoje conheci o seu Santino e ele me fez lembrar que eu sou uma menina mimada que tem tudo o que quer e o que precisa, que não sabe dar o devido valor às coisas, que reclama sem parar, fala demais, nunca se concentra, não produz, que ignora sua alma e essência e por isso sofre e que vive apenas para satisfazer necessidades imediatas, quando poderia ser mais dedicada e profunda aproveitando assim os dons que Deus lhe deixou.
Vamos à história de seu Santino Costa.
Resmungava no trabalho pois não tinha almoçado ainda, quando saí por volta de uma da tarde para ir ao restaurante apressada como sempre. No caminho em meio aos pensamentos bobos de uma voz penetra meu mundo ao que entendo "tem uma moedinha para eu almoçar?". Automáticamente respondo "não", e dou três passos à frente, quando mais automáticamente percebo o que acabei de fazer, lembro-me bem de ter uma nota de cinquenta reais na carteira. A fome dói! E um pensamento realmente meu e não automático me faz lembrar que não se pode negar comida, não porque Deus disse, mas porque a fome dói, e eu já experimentei. Deus que me livre de negar algo como comida.
Volto-me e digo, o senhor ainda não almoçou? E ele obviamente diz que não.
O convido a almoçar comigo, ele totalmente sem jeito diz que não. Eu insisti.
Ao chegar em frente ao Casa Nova ele resiste em entrar e diz que este restaurante é caro (apesar de ser um lugar simples, mas com seu charme). Eu tenho que insistir novamente e dizer que não, que ele não se preocupasse.
Até aí ainda não tinha perguntado o nome do senhor. Depois que nos servimos conversamos bastante. Notei alguns olhares espantados das pessoas dentro do restaurante. Tudo bem, isso é norma, as pessoas são assim mesmo.
Senhor Santino perguntou muito sobre mim, e ficou especialmente espantado com minha idade.
Ele era tão calminho e legal. Gostaria de ter tirado uma foto dele, nem lembrei na hora.
Eu queria tanto que esse dia não fosse esquecido como todos os outros. Queria tanto poder lembrar das palavras do seu Santino e me sentir agradecida sempre pelo que ele me ensinou. Me sentir disposta como estou agora, o que tem sido raro nestes últimos dias... Não que eu sinta preguiça, o que me mata é a impaciência que sinto.
Mas eu estou bem agora, muito bem. Um pouco triste, é verdade. Mas é que se dizer feliz é ser muito egoísta, não tem como se sentir feliz no mundo em que a gente vive. Não tem como ser feliz convivendo com o sofrimento humano. Mas tem como se sentir ao menos o suficientemente bem, para não desistir de tudo, e manter um pouco de esperança de que um dia as coisas vão mudar.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Metade (Oswaldo Montenegro)

Metade (Oswaldo Montenegro)

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...


Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...


Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...


Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão...


Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...


Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...


Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para faze-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...


E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.

Antes tarde do que nunca...


Feliz ano novo!!! Provavelmente o desejo mais atrasado de feliz ano novo será esse... Mas tudo bem!

Pensem o que quiser, mas não é por causa do ano que começa (ou tavez seja!), que comecei uma mudança radical em minha vida. Joguei fora livros, cd's, roupas, bolsas, sapatos e tudo o que me lembre a antiga Ana. Ainda não sei bem como vai ser a nova Ana, mas vai ser diferente, disso eu sei.

Estou me sentindo bem agora (talvez seja efeito dos anti depresssivos kkkk), mas não o suficiente pra me tornar otimista. Só quero mudar, mudar, mudar!

Vou comprar bolsa e sapato de couro.

Já baixei milhares de músicas diferentes, aliás agora estou curtindo zouk e um pouco mais de rock!

Ademais é curso de Photoshop e pretenção de estudar para o concurso do MPU.

Meu digníssimo voltou das profundezas de seu "sumiço". Eu o perdoo, a mão dele estava doente...

Ah, estou querendo me livrar de mais uns 200 contatos no MSN, como fiz no mês retrasado. Estou meio cansada de alguns... Me desculpem. É que preciso me dedicar mais aos estudos.

Desta vez sem saudades, sem tristezas, sem lamentações, etc....

Muito AMOR, BEIJO E DINHEIRO pra todos nós!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Novamente o teste das cores e meu estado emocional.

Ana
Como você opera, age, frente aos seus objetivos e desejos:Q uer estabelecer-se e causar impacto, a despeito das circunstâncias desfavoráveis e de uma falta geral de apreciação. Alerta e intensamente observador. Está procurando novos caminhos que ofereçam liberdade e a oportunidade para tirar deles o maior proveito. Quer testar a si mesmo e obter reconhecimento. Esforça-se por transpor a lacuna que entre o que sente e o que espera dos outros. Suas preferências reais: Está sob considerável tensão devido as exigências da situação presente. Está tentando livrar-se das coisas que o restringem ou tolhem. Tem, de modo geral, temperamento sensual. Inclinado a regalar-se com coisas que dão satisfação aos sentidos, mas rejeita tudo que é deselegante, vulgar ou grosseiro.
Sua situação real:Insiste em que suas metas são realistas e apega-se obstinadamente a elas, muito embora as circunstâncias o estejam obrigando a transigir. É muito meticuloso nos padrões que aplica a escolha do cônjuge. Sente-se muito isolado e sozinho, mas é por demais reservado para permitir-se formar ligações profundas. É egocêntrico; portanto, ofende-se com facilidade.
O que você quer evitar: interpretação fisiológica: Agitação suprimida, resultante de relações pessoais insatisfatórias ou discordantes. Pode levar a irascibilidade, a explosões de ira ou a neuroses sexuais. Há possibilidade de males cardíacos.
Interpretação psicológica: Considerável angústia está tendo origem em alguma relação insatisfatória. Sente-se incapaz de restaurar a afinidade e qualquer aparência de confiança mútua, de modo que a situação é considerada como um estado deprimente e infeliz, que ele tem de continuar tolerando. É assediado a ponto de chegar a prostração nervosa. Em suma: Desarmonia indefesa e irritante.
Interpretação fisiológica: Tensão resultante de esgotamento nervoso ou de ansiedade sensuais, devido a contenção excessiva. Interpretação psicológica: Sente que não é apreciado e considera a situação atual desagradável. Quer consideração e estima dos outros, para compensar a falta de pessoas com mentalidade igual a sua com as quais aliar-se e pode conseguir estabilidade emocional.
Quer ser querido como aliado, e admirado pelas suas qualidades pessoais. Em suma: Insegurança resultante de ausência de amizades.
Seu problema real:A vitalidade esgotada tem criado intolerância a qualquer outro estímulo ou exigências feitas aos seus recursos. Esta sensação de incapacidade, combinada com a frustração por não poder controlar os acontecimentos, sujeita-o à agitação, irritação e intensa angústia. Tenta fugir-lhes insistindo obstinadamente em seu próprio ponto de vista, mas a condição geral de desamparo muitas vezes faz com que seus esforços redundem em fracasso. É muito sensível a criticas e se ofende com facilidade.Sente-se insuficientemente apreciado na sua situação atual e está procurando condições favoráveis, onde tenha maior oportunidade de demonstrar seu valor.

Por que existe tanta gente chata no mundo?

Ai que droga! Me desculpe o desabafo, mas detesto "derrotados". Gente enjoada, que jura que é mais que importante só porque sabe alguma coisa a mais que os outros.
Gente deselegante e pobre de espírito, que adora se fazer de vítima para que todos tenham peninha, e ainda juram de pés juntos que não!
Essa gentinha que vive em depressão porque não tem uma vida sexual ativa e diz que a fonte de sua tristeza são os problemas complexos do mundo... Hahahaha faz-me rir, como se alguém fosse tão macro assim que se abalasse menos com uma espinha no rosto do que com o aquecimento global.
Ai, não suporto quando alguém dá desculpas o tempo todo por estar só. Oras, o problema deve estar com quem não se mistura por se achar superior, apesar de saber que é bestial tanto quanto um cão em busca de uma cadela no cio.
Me poupe! Me poupe desse jeitinho supostamente irônico de "interpretação" das coisas, das pessoas e do mundo. Quem adora fazer-se de inteligente não sabe que isto é uma grande burrice e pobreza mental. Odeio muito isso!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Notícias de mim (como se interessasse)

Olá, estou de volta, não com força mas de volta ao meu velho blog, meu amigo de confissões.
Assolou-se algo terrível sobre minha pessoa, ando até perdida com isso. Mas agora além das minhas 7 contas de e-mail, perfil em tudo quanto é site de relacionamento (tantos que nem me lembro, mas com certeza mais de 10), descobri o Twitter. No começo era legal, não sei o que vi naquilo. Até que um belo dia, cansei! Como tudo o mais em minha vida... Aliás canso muito facilmente das coisas, isso é algo em minha personalidade a ser melhorado.
Sim, e tem mais, descobri as salas de bate-papo do UOL (algum possível leitor deve estar pensando "que anta! que utrapassada! veio descobrir isso só agora? jumenta!", e é isso mesmo) aquilo é uma carniça, de tão carniça chega a ser divertido. Aquela sala cheira a sacanagem, de "inversão" a "crossdressers" eu já conheci de tudo. Caramba o povo é mesmo louco nessas salas da vida. Zona total. Nem precisa dizer que nunca vou me encontrar com alguém de lá...
Confesso que passo horas lá, vendo cada loucura, que estou até fazendo umas anotações de vez enquando para não esquecer. Já conheci várias pessoas lá. Tem até uns que parecem ser normais, mas depois dá para ver o que "realmente" querem, e todos querem a mesma coisa.
O que eu não entendo é; se uma pessoa tem tanta coragem para escrever certas coisas pela internet, porque não tem coragem de pelo menos elogiar ou se insinuar para outra na vida real? Ficou confuso, né? Deu pra entender? Deu sim...
Então, tem tando Dom Juan lá... Mas o que mais me impressionou foi a quantidade de mulheres. Acho que elas estão mais assanhadas que os homens. Ah, e tem casal também... Normal. Estranho...
Mas mudando de assunto, nossa o estágio na Anvisa me estressou esses últimos dias, comemos mosca em uma licitação de uniformes e a prorrogação do contrato de engenharia está me matando na míngua... Vamos parar com esses assuntos deprimentes por aqui.
Ultimamente uma coisa tem me aborrecido em particular, o fato de uma grande amiga ter desistido da faculdade. Um curso que gostava e com bolsa integral na mais conceituada faculdade de Brasília. Freud explica. Estou preocupada... Mas não vou julgar, cada um sabe de si e do que traz vida afora.
Mudando novamente de assunto, nossa acho que estou com azar no amor. Na verdade nunca fui sortuda nesse sentido. Deixei de falar com algumas pessoas, conheci outras, saí com algumas, mas... Sabe, falta algo... Algo, sei lá... Uma sei lá... Não quero escrever lugar-comum... Mas é isso mesmo, cumplicidade, carinho, afeto.
As pessoas estão tão desapegadas ultimamente. Você sai, rola um clima super legal, as vezes até algo mais, e no dia seguinte? Nem tem o número da pessoa gravado em seu celular...
Antes que alguém pergunte, não aconteceu comigo (cóf), é só uma abstração para ilustrar o vazio das relações. Estou tão boba hoje!
Outro dia estava conversando com um amigo e ele me disse que saiu com uma menina, foi para um hotel, ficou com ela, beijou ela, enfim, fizeram tudo. Mas segundo ele, na hora que terminou deu vontade de fugir dali, de sair correndo sem dizer palavra, e disse que estava enojado com a situação pois não sentiu absolutamente nada além de tesão. Disse que tinha sido a experiência mais vazia da vida dele.
Eu perguntei o motivo dele ter saido com a menina, e ele disse que queria apenas curtir, "ela foi fácil, nem precisei alugar, fomos no hotel mais barato só pra curtir mesmo". Pensei sobre essas palavras vários dias. Elas ficaram me martirizando, nem sei o porquê. Não sou puritana assim, mas... Senti também nojo.
Vejam só que surpresa, conversando hoje com o mesmo amigo ele me disse que havia saido denovo com a mesma menina. Perguntei por que ele fez isso se da primeira vez tinha sido ruim e ele me respondeu "o tesão foi maior". Agora me responda, maior que o que? Que o nojo? Que o vazio? Acho que certas coisas não compensão...
Pois bem, já me estendi demais.
Este texto está cheio de erro de pontuação e de gramática.
Tenham boa sorte para entende-lo.
Beijo pra quem fica.

sábado, 24 de outubro de 2009

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Pirenópolis...


Pirenópolis é uma cidade do interior de Goiás, tombada como patrimônio histórico nacional. Consagrado pólo turístico regional, guarda em seus casarões seculares um retrato vivo da história goiana. Cercada por natureza exuberante, oferece a seus visitantes agradável estada com diversos atrativos naturais, como cachoeiras, reservas ecológicas, parques e mirantes. Além de uma farta culinária e festividades folclóricas tradicionais. Vale a pena conhecê-la.
Que vontade de ir lá!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Psicologia

Psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano e seus processos mentais. Melhor dizendo, a Psicologia estuda o que motiva o comportamento humano – o que o sustenta, o que o finaliza e seus processos mentais, que passam pela sensação, emoção, percepção, aprendizagem, inteligência... A história da Psicologia, cuja etimologia deriva de Psique (alma) + Logos (razão ou conhecimento), se confunde com a Filosofia até meados do século XIX. Sócrates, Platão e Aristóteles deram o pontapé inicial na instigante investigação da alma humana: Para Sócrates (469/ 399 a C.) a principal característica do ser humano era a razão – aspecto que permitiria ao homem deixar de ser um animal irracional. Platão (427/ 347 a C.) – discípulo de Sócrates, conclui que o lugar da razão no corpo humano era a cabeça, representando fisicamente a psique, e a medula tria como função a ligação entre mente e corpo. Já Aristóteles (387/322 a C.) – discípulo de Platão – entendia corpo e mente de forma integrada, e percebia a psiqué como o princípio ativo da vida. Durante a “era cristã” – quando todo conhecimento era produzido e mantido a sete chaves pela Igreja, Santo Agostinho e São Tomas de Aquino partem dos posicionamentos de Platão e Aristóteles respectivamente. Em 1649, René Descartes – filósofo francês – publica Paixões da Alma, reafirmando a separação entre corpo e mente. Pensamento que dominou o cenário científico até o século XX. Alguns pesquisadores alegam que essa hipótese assumida por Descartes foi um subterfúgio encontrado para continuar suas pesquisas , desenvolvidas a partir da dissecação de cadáveres, com o apoio da Igreja e protegido contra a Inquisição. O fato é que no final do século XIX, os acadêmicos da época resolvem distanciar a Psicologia da Filosofia e da Fisiologia, dando origem ao que se chamou de Psicologia Moderna. Os comportamentos observáveis passam a fazer parte da investigação científica em laboratórios com o objetivo de se controlar o comportamento humano. Nesse sentido, os teóricos objetivam suas ações na tentativa construir um corpo teórico consistente, buscando o reconhecimento, enfim, da Psicologia como ciência. É neste cenário investigativo que surgem três correntes teóricas: o Funcionalismo, o Estruturalismo e o Associacionismo. O Funcionalismo foi elaborado por William James(1842/1910) que teve a consciência como sua grande preocupação – como funciona e como o homem a utiliza para adaptar-se ao meio. No Estruturalismo Edward Titchener(1867/1927) também se preocupava com a consciência, mas com seus aspectos estruturais – percebiam a consciência , isto é, seus estados elementares como estruturas do Sistema Nervoso Central. O Associacionismo foi apresentado por Edward Thorndike(1874/1949). Seu ponto de vista era que o homem aprende por um processo de associação de idéias – da mais simples para a mais complexa. No início do século XX, surgem mais três correntes principais,que, por sua vez originaram a diversidade de correntes psicológicas, que conhecemos hoje: Behaviorismo – surgiu nos EUA com John Watson(1878/1958). Foi conhecida pela teoria S-R, ou seja, para cada resposta comportamental existe um estímulo. Gestaltismo – surgiu na Europa, mais precisamente na Alemanha, com Wertheimer, Köhler e Koffka, entre 1910 e 1912 e nega a fragmentação das ações e processos humanos, postulando a necessidade de se compreender o homem como uma totalidade, resgatando as relações da Psicologia com a Filosofia. Psicanálise – teoria elaborada por Sigmund Freud(1856/1939) recupera a mportância da afetividade e tem como seu objeto de estudo o inconsciente. Hoje, século XXI os conhecimentos produzidos pela Psicologia e a complexidade e capacidade de transformação do ser humano, acabaram por ampliar em grande medida sua área de atuação. Assim, a Psicologia hoje, pode contribuir em várias áreas de conhecimento, possibilitando cada área uma gama infinita de descobertas sobre o homem e seu comportamento, ou sobre o homem e suas relações. São elas: Psicologia Experimental, Psicologia da Personalidade, Psicologia Clínica, Psicologia do Desenvolvimento, Psicologia Organizacional, Psicologia da Educação, Psicologia da Aprendizagem, Psicologia Esportiva, Psicologia Forense, Neuropsicologia.
Autora: Regina Célia de Souza

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Levi Strauss


Um dos grandes pensadores do século 20, Lévi-Strauss tornou-se conhecido na França, onde seus estudos foram fundamentais para o desenvolvimento da antropologia. Filho de um artista e membro de uma família judia francesa intelectual, estudou na Universidade de Paris.De início, cursou leis e filosofia, mas descobriu na etnologia sua verdadeira paixão. No Brasil, lecionou sociologia na recém-fundada Universidade de São Paulo, de 1935 a 1939, e fez várias expedições ao Brasil central. É o registro dessas viagens, publicado no livro "Tristes Trópicos" (1955) que lhe trará a fama. Nessa obra ele conta como sua vocação de antropólogo nasceu durante as viagens ao interior do Brasil. Exilado nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), foi professor nesse país nos anos 1950. Na França, continuou sua carreira acadêmica, fazendo parte do círculo intelectual de Jean Paul Sartre (1905-1980), e assumiu, em 1959, o departamento de Antropologia Social no College de France, onde ficou até se aposentar, em 1982.O estudioso jamais aceitou a visão histórica da civilização ocidental como privilegiada e única. Sempre enfatizou que a mente selvagem é igual à civilizada. Sua crença de que as características humanas são as mesmas em toda parte surgiu nas incontáveis viagens que fez ao Brasil e nas visitas a tribos de índígenas das Américas do Sul e do Norte.O antropólogo passou mais da metade de sua vida estudando o comportamento dos índios americanos. O método usado por ele para estudar a organização social dessas tribos chama-se estruturalismo. "Estruturalismo", diz Lévi-Strauss, "é a procura por harmonias inovadoras".Suas pesquisas, iniciadas a partir de premissas lingüísticas, deram à ciência contemporânea a teoria de como a mente humana trabalha. O indivíduo passa do estado natural ao cultural enquanto usa a linguagem, aprende a cozinhar, produz objetos etc. Nessa passagem, o homem obedece a leis que ele não criou: elas pertencem a um mecanismo do cérebro. Escreveu, em "O Pensamento Selvagem", que a língua é uma razão que tem suas razões - e estas são desconhecidas pelo ser humano.Lévi-Strauss não vê o ser humano como um habitante privilegiado do universo, mas como uma espécie passageira que deixará apenas alguns traços de sua existência quando estiver extinta. Membro da Academia de Ciências Francesa (1973), integra também muitas academias científicas, em especial européias e norte-americanas. Também é doutor honoris causa das universidades de Bruxelas, Oxford, Chicago, Stirling, Upsala, Montréal, México, Québec, Zaïre, Visva Bharati, Yale, Harvard, Johns Hopkins e Columbia, entre outras.Aos 97 anos, em 2005, recebeu o 17o Prêmio Internacional Catalunha, na Espanha. Declarou na ocasião: "Fico emocionado, porque estou na idade em que não se recebem nem se dão prêmios, pois sou muito velho para fazer parte de um corpo de jurados. Meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser humano e vai terminar sem ele - isso é algo que sempre deveríamos ter presente". Atualmente, mora em Paris.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Pétala


O seu amor

Reluz

Que nem riqueza

Asa do meu destino

Clareza do tino

Pétala

De estrela caindo

Bem devagar

Ó meu amor

Viver

É todo sacrifício

Feito em seu nome

Quanto mais desejo

Um beijo seu

Muito mais eu vejo

Gosto em viver...

Viver

Por ser exato

O amor não cabe em si

Por ser encantado

O amor revela-se

Por ser amor

Invade

E fim.

Djavan

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

...

Por mais que muitas digam que não, e outras se mostrem indiferentes, é bem verdade que a maioria absoluta das mulheres sonha viver um grande amor.
Há décadas “amar” está fora de moda. Mas mesmo assim, eu ainda sonho com um amor à moda antiga. Um amor mesmo meloso, desses de novela mexicana (e brasileira também, que por sinal fazem “sucesso” explorando o tema).
Quem, homem ou mulher, pode dizer com toda convicção que não está à procura de um grande amor? Uma pessoa companheira, que te ouça, seja carinhosa, sincera, amiga, compreensiva, carente, madura, amante, cheirosa, leve, aberta, divertida, sensível, sonhadora, aventureira, romântica etc, etc, etc...
Todo mundo sonha com isso, essa é a base para as nossas relações sociais e faz parte de nossa natureza humana.
Eu assumo, o clima é de romance. Quem sabe esteja chegando o meu grande amor?

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

domingo, 27 de setembro de 2009

Conversas III

Márcio diz:
saiu a nota de psicologia c viu
Ana diz:
nem
vou ver agora
vc ficou com quanto?
Márcio diz:
10 né aff
to brincando 9
Ana diz:
ai Márcio vc é mais inteligente que eu!
vou ver a nota, pera ai
Márcio diz:
mas dessa vez foi mais méritos da sirlene que respondeu a prova quase toda
Ana diz:
10!!!!!!!!!!!!!!!!
fiquei com 10 huhuhuhuhuuuuu
caramba
Márcio diz:
parabens
Ana diz:
tirei uma nota maior que vc!
nem acredito!
Márcio diz:
então foi vc e a fabricia né
Ana diz:
primeira vez...
é claro
Márcio diz:
c quase sempre tira nota maior que a minha
Ana diz:
ela tb fez muita coisa
menos em matematica
vc é muito cabeção em matemática
Márcio diz:
eu não
c vai ver que a sua nota vai ser maior que a minha em estatística
Ana diz:
ah tah
eu nem fiz a carniça do último histograma
o Dalmo nem deixou eu terminar
Márcio diz:
e eu não fiz aquela divisão da bolinha la
Ana diz:
mas só valia 1 ponto
vc vai ficar com uns 9
e eu uns 7
e olhe lá
Márcio diz:
o professor de psicologia foi rápido
Ana diz:
demais
Márcio diz:
e olha que a prova nem era de marcar x
Ana diz:
pior
será que ele corrigiu direito?
ah é pq ele tem poucas turmas
Márcio diz:
o que era aquela teoria da área?
Ana diz:
o ambiente influenciando a pessoa
Márcio diz:
a ta
então foi essa que eu errei
rss
Ana diz:
ta vendo, mesmo chegando depois do intervalo todos os dias lembrei da matéria toda
vc disse que eu só ia lembrar da metade
kkkk
Márcio diz:
mas ele só deu a metade depois do intervalo
e depois do intervalo eu não estou querendo ir embora pra almoçar rss
estou
ai tira a atenção
Ana diz:
fica com fome é?
Márcio diz:
pois é
Ana diz:
vc é estranho
ainda vou descobrir o que vc tem

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Conversas II

Márcio diz:
e ai ana c viu que saiu a nota de sociologia
Ana diz:
vi
aff
c ficou com quanto?
Márcio diz:
10
Ana diz:
aff
Márcio diz:
e vc
Ana diz:
fiquei com 9
droga!
Márcio diz:
oche notão c tirou
Ana diz:
até parece
perdi um ponto por causa de uma questão de marcar
sacanagem daquele colombiano!
Márcio diz:
c sabe de mais alguem que foi bem na prova
Ana diz:
a faby ficou com 7,5
a maioria da turma deve ter ficado com nota melhor que a minha
c já viu se saiu outra nota?
Márcio diz:
claro né so vc e a fabricia tiraram nota abaixo de 9,5
vi não
Ana diz:
é
vacilei
eu não li nada da matéria dele
também, ele só fica falando daquelas aberrações sexuais na sala!
c viu naquele dia que ele falou das mulheres com os cachorros?
Márcio diz:
c ficou excitada rss
Ana diz:
vai te catar
Márcio diz:
Ana diz:
que nojo!!!
Márcio diz:
brincadeira
Ana diz:
vc é maior psicopata heim Márcio?
Márcio diz:
rss
Ana diz:
vc que deve ter ficado
Márcio diz:
Ana diz:
vc e suas coisas estranhas...
ow, vc tem twitter?
Márcio diz:
tenho esse negócio não
Ana diz:
ah, lembre que vc é antiquado e já tem quase 30
rsrs
Márcio diz:
c ta querendo me deixar depressivo é
Ana diz:
é
vc sabe como bloquear pop ups?
desbloquear aliás
Márcio diz:
sei não
algum dia c usou o provedor pop?
Ana diz:
o que tem a ver?
Márcio diz:
tem que ter?
Ana diz:
o que? vc sabe o que são pop ups?
sabe?
Márcio diz:
é uma janelinha que aparece pertubando de vez em quando em alguns sites né não
Ana diz:
é
é sim, vc foi pesquisar na internet né?
Márcio diz:
pesquisei no gugle
Ana diz:
ah tah
Márcio diz:
vou sair inté

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Conversa...

Márcio diz:
e ai foi bem na prova
Ana diz:
acho que sim
mas não deu temp9 de terminar
e vc?
suma primeiroa deu 10?
Márcio diz:
aham
mas num sei se ta certa
Ana diz:
acho que tá
caramba
fiz meu histograma errado
Márcio diz:
aquela da pizza deu quanto
Ana diz:
360
kkkkkk
Márcio diz:
c dividiu em quantos pedaços
Ana diz:
14
Márcio diz:
aff
eu não consegui
tava ficando tudo torto
Ana diz:
tava facil aqulea
Márcio diz:
ai eu cortei em três pedaços
rss
Ana diz:
kkkkkkkkk
aff
acho que não hein?
Márcio diz:
foi o máximo que eu consegui fazer eu ia dividir também mas num tive paciencia
Ana diz:
nuss
vc é tão inteligente
se eu fosse vc faria isso
com paciencia
pq vc sabe fazer
tem gente que queria fazer e não soube
Márcio diz:
mas até que eu queria mas tinha que facilitar um pouco mais é muito traço num lugar só
amanhã eu não sei o que vou fazer, a matéria do professor é chata
eu não consigo decorar nada
Ana diz:
não acho chata
mas também não pego pra ler
vou tentar lembrar o que ele disse na sala e usar a lógica
ler os slides é muito chato
Márcio diz:
pois é eu tava tentando ler os slides mas perdia a concentração rapidinho
c só vai lembrar da metade das coisas que ele dizia né c chegava depois do intervalo
Ana diz:
kkkkkkkkkkkkkkkkkk
palhaço!
vc tem cada conexão estranha

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

MISS THERESA BERKLEY - A Rainha Do Flagelo

Você, por acaso, já ouviu falar na Madame Theresa Berkley? Bem, se não ouviu, vou lhe contar algo interessante sobre ela. Se já ouviu, paciência; vou contar assim mesmo.
Theresa Berkley foi dona de um bordel no número 28 da Charlotte Street, Portland Place, bairro de Londres. Mas, sua casa de entretenimento masculino e feminino, não era como outra qualquer do ramo.
Em 1718, quando foi publicado, na Inglaterra, anonimamente, um livro chamado Tratado sobre o Uso do Açoite - embora o título tenha um caráter um tanto científico - o conteúdo continha um teor claramente pornográfico. Rapidamente, o tratado se espalhou pela Europa e virou moda com o nome de vício inglês; o que equivalia dizer que ninguém gostava mais de apanhar na cama do que um inglês. É aí que entra madame Berkley. Determinada a atuar na área do entretenimento masculino e tendo ciência do gosto de seus conterrâneos, montou no mencionado endereço, um bordel especializado em tortura e flagelação e, assim, tornou-se a pioneira do sadomasoquismo.
Theresa era uma amante perfeita dessa arte, por isso, não ficou só na tradicional coleira e o dolorido chicotinho. Sua casa era realmente um local de tortura. Para satisfazer os clientes, ela aprimorou e criou numerosos instrumentos de tortura. Usava diversos tipos de chicotes, de vários tamanhos, com nove correias de couro, conhecido como gato-de-nove-rabos, porque tinham nas pontas unhas de metal, semelhantes a dos felinos. As varas para o açoite eram mantidas na água, de modo que quando fossem usadas, estivessem sempre verdes e flexíveis. Cintas feitas de exclusivo couro grosso com pregos de uma polegada, que perfuravam a pele mais dura e deixavam flagelos que levavam um bom tempo para cicatrizarem. Vários tipos de escovas: a escova de furze (uma sempre-viva espinhosa), de urtigas, entre outras. Além disso, na primavera de 1828, uma obra-prima de tortura foi inventada para sua casa: o Cavalo de Berkley.
A descrição desse aparelho, responsável pelos gritos dos clientes de Madame, vem de um nobre inglês vitoriano, aficionado em sacanagens, chamado Henry Spencer Ashbee: “(...) era uma espécie de pau-de-arara móvel que podia ser girado tanto na vertical como na horizontal. Assim, sem muito esforço, a Madame, ou as moças e os rapazes que trabalhavam para ela, infligiam a dor exatamente no ponto desejado pelo cliente”. E, por incrível que pareça, conclui Henry, “muitos nobres exibiam com orgulho as marcas e cicatrizes deixadas pelas torturas a que se submeteram no Cavalo de Berkley”. Ele está, hoje, exposto na Sociedade Real de Artes; foi doado pelo Doutor Vance, testamenteiro da Madame.
Assim, no bordel de Theresa Berkley, quem ia com bastante dinheiro, poderia ser açoitado, chicoteado, fustigado, agulhado, pendurado, escovado, perfurado, ou seja, torturado até ficar satisfeito.
Segundo o texto abaixo, extraído da correspondência de um devoto apaixonado pela flagelação, e profundo conhecedor do assunto, naquela época, as mulheres eram muito mais apaixonadas em agitar a vara de flagelo e vice-versa, que os homens:
"Em minha experiência eu conheci pessoalmente várias senhoras da nobreza que tiveram uma paixão extraordinária e uma severidade impiedosa em administrar a vara. Eu conheci a esposa de um clérigo, jovem e bonito, que levou o gosto ao excesso. Eu soube que a pessoa quando bebia tornava-se vulgar e se permitia ser açoitada até que o fundo dela ficasse totalmente em carne viva e a vara saturada com sangue; ela durante a flagelação gritava: 'mais forte! mais forte! ' e blasfemava se assim não fizessem. De um estabelecimento em Londres, do qual eu suprimo o nome, vinham vinte meninas que passavam por todas as fases do chicote até se tornarem professoras.”
Numa noite de setembro de 1836, a famosa casa de Miss Berkley estava silenciosa. Nem um grito, nem uma visita, madame Theresa Berkley havia falecido. Foi uma morte súbita e inesperada, pois era um tanto jovem. Durante oito anos ela não só governou seu bordel com maestria, como foi uma completa mulher de negócio, acumulou durante esse tempo uma considerável soma de dinheiro...
Nessa mesma noite, chega ao número 28 da Rua Charlotte, apressado e aparentando estar nervoso, o Dr. Vance, responsável pelo testamento. “Onde está o cofre de Theresa”? Pergunta para um criado. Era nesse cofre que Theresa guardava todas as cartas, nomes e recibos dos clientes de seu bordel. O doutor, sem nenhum remorso, queimou toda a papelada.
Conta-se que algumas das figuras (masculinas e femininas), de maior destaque da nobreza britânica eram clientes exclusivas do local, como o rei da Inglaterra, George IV. Portanto, a história da Inglaterra poderia ser outra, se o doutor não tivesse ateado fogo aos papéis.
Logo após a morte de Theresa, seu irmão, missionário durante 30 anos na Austrália, chega à Inglaterra, mas quando ele tomou conhecimento de que sua irmã lhe havia deixado a mais famosa casa de flagelação da Inglaterra como herança, renunciou a propriedade e voltou imediatamente para a Austrália. Na falta de herdeiro, a propriedade passou ao Dr. Vance (médico e testamenteiro dela). Ele também se recusou a administrar o bordel, e tudo ficou para a coroa inglesa.
Por essa época, já havia em Londres diversas casas especializadas em flagelação, como a da senhora Collette e da senhora Emma Lee. No entanto, em matéria de dor como êxtase, Miss Berkley foi, indubitavelmente, a rainha de sua profissão, ninguém a superava.


Fonte: http://public.diversity.org.uk/deviant/ssflg1.htm
Ricardo Sérgio
Publicado no Recanto das Letras em 31/08/2006

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

É...

O macaco é um animal demasiado simpático para que o homem descenda dele.

Friedrich Nietzsche

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Hoje tive outra alucinação


Meu irmão vinha da sala transtornado e sonâmbulo (ele é sonâmbulo mesmo) para me enforcar, e ficava fazendo umas caras horríveis, como se fosse um demônio. Eu tentava desesperadamente gritar, mas a voz não saia e tentei bater na parede, mas não havia som algum.
Foi quando depois de muito sofrer consegui soltar um grito, chamei pelo nome da minha irmã. Eu estava de olhos abertos o tempo todo, e não estava dormindo. Tenho certeza!
Minha irmã disse que não havia ninguém no quarto e eu não consegui dormir o resto da noite.
Foi horrível. Conversei com o psiólogo e ele disse para colocar sal grosso em baixo da cama, depois me deu uma oração assim: "Jesus esteja na minha frente para me iluminar, atrás para me proteger e ao meu lado para me amparar. Amém!"

segunda-feira, 27 de julho de 2009

... outra vez

Estou tão enfadada! Mesmas coisas, mesmas pessoas, mesmo tudo!
Minhas relações com as pessoas estão estranhas, é como se fossem objetos, patéticos!
Pelo menos a maioria, tira-se uma meia dúzia de amigos especias e o resto é fado!
Faço coisas pertubadoras, e levemente sem graça.
Ok, ok, sempre foi assim, mas agora,me incomoda minha falta de sal, de açucar.
Estou carente (eu assumo), queria ter alguém para abraçar (de verdade, sem beijinhos virtuais), para tocar. E daí? Quem liga? Não é para ligar mesmo...
E tem tanto e tão poucos de verdade, ou nenhum, nunca se sabe...
(não comentem essa postagem por favor).
E a festa da tia avó? Foi o máximo. Menos o Deda enchendo o saco (aff, esquece o passado meu filho!).
Estou mais amiga do Tata, nunca pensei que ele fosse divertido assim. Me lembra o Dênnys.
Indo para a Igreja (sem nomes), sabe, está tão sem graça... E a Erli disse que a Igreja é opressora (sou fã dessa mulher, pós-doutorada em-tudo-quanto-há).
E miguel? e Joaquim? Por onde andam? Saudades...
E ele, meu namorado, nem vai ler (prefiro) tadinho.
Problema é de quem achar que eu escrevo tudo errado e sem sentido.
Ah eu mandei aquela conversa para ela, ela precisava saber que ele ainda sente saudades, pelo menos da amizade.
"Amor sem sexo é amizade..."
E o Rafa? E o Jon? Uns vem outros vão...
Trabalhar na Anvisa é legal.
O início das aulas foi adiado por causa da Gripe A.
Será que quando eu estiver morta alguém vai encontrar esse blog na Web? Nossa, vai ser estranho, antes de morrer vou deixar minha senha para a pessoa ver tudo o que eu não postei.

Bye, bye Baby.

PS: relevem os erros ortográficos, ainda não me adaptei.

domingo, 12 de julho de 2009

terça-feira, 16 de junho de 2009

Denovo eu e o tédio...

Já faz algum tempo que não falo do tédio intrínseco, denso e absoluto que sinto todos os dias.
Com o tempo a gente acostuma...
Mas além do tédio tem a impaciência.
"Não suporto"
Repito esta frase diariamante.
O que não suporto?
Gente chata, falando o tempo todo de futilidade, ou gente que jura que é inteligente falando de Balanced Scorecard - faz-me rir.
Ter que olhar para os outros e dar "bom dia", "boa tarde", "licença", "oi". ah!
Tem horas (na maioria do tempo) que só quero ficar só, caladinha no meu canto, mas ninguém entende. E logo vem o "A Ana é muito chata", "deixa de ser insuportável guria", "blá, blá, blá" "minha filha, você tem que sr mais educada" etc. e tal.
Abuso, simplesmente...
Abusei de tudo, queria uma bolha pra viver dentro.
Comprei livros, boas companhias...

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Tigresa - Gal Costa

Uma tigresa de unhas negras
E íris cor de mel
Uma mulher, uma beleza
Que me aconteceu
Esfregando a pele de ouro marrom
Do seu corpo contra o meu
Me falou que o mal é bom e o bem cruel

Enquanto os pelos dessa deusa
Tremem ao vento ateu
Ela me conta sem certeza
Tudo o que viveu
Que gostava de política
Em mil novecentos e sessenta e seis
E hoje dança no Frenetic Dancin Days

Ela me conta que era atriz
E trabalhou no Hair
Com alguns homens foi feliz
Com outros foi mulher
Que tem muito ódio no coração
Que tem dado muito amor
E espalhado muito prazer e muita dor

Mas ela ao mesmo tempo diz
Que tudo vai mudar
Porque ela vai ser o que quis
Inventando um lugar
Onde a gente e a natureza feliz
Vivam sempre em comunhão
E a tigresa possa mais do que o leão

As garras da felina
Me marcaram o coração
Mas as besteiras de menina
Que ela disse não
E eu corri pra o violão num lamento
E a manhã nasceu azul
Como é bom poder tocar um instrumento

Românticos - Vander Lee

Românticos são poucos

Românticos são loucos desvairados

Que querem ser o outro

Que pensam que o outro é o paraíso

Românticos são lindos

Românticos são limpos e pirados

Que choram com baladas

Que amam sem vergonha e sem juízo

São tipos populares que vivem pelos bares

E mesmo certo vão pedir perdão

E passam a noite em claro

Conhecem o gosto raro

De amar sem medo de outra desilusão

(Romântico é uma espécie em extinção) .

sábado, 6 de junho de 2009

Fica calmo Dalmo!

Então, é verdade!
Desaprendi tudo, escrever. Queria escrever "bonitinho" e algo útil. Sem tal possibilidade, vamos às frugalidades de minha vida.
***
Hoje, vi duas placas que com certeza fariam meu irmão exclamar "o ser humano é uma desgraça!" Conteúdo das placas: "Obras à 500 m" e... ah esqueci a outra, mas também com o uso errado da crase. Bem, importante é que as duas eram "obra" do gunverno.
***
Feira dos Goianos, já viram lugar com maior poluição visual que a Comercial Norte? Ai que nojo! quando eu cheguei lá, já estava doente... passei mal, é óbvio.
É um tal de uso de "WK", "WY", "KY"... nos nomes das lojas, que são horríveis, nem me lembro de nenhuma, graças a Ele.
***
Sim, eu não falo de amor. Mas deu vontade, vou falar de amor.
Pera aí...
Ai
Estou tão indecisa, e...
***
Será que vai ter Engenheiros na Expochê desse ano?
(Engenheiros só me lembra Thales e Dani (aquela Dani))
***
Agora vão me condenar só porque eu não gosto de coisa ruim.
Quem gosta do que é ruim? Só porque, apesar de pobre, sou limpa e tenho horror a 1,99, agora vão me matar? É?
***
Tiramos fotos dele, escondidas é claro!
Ele me contou histórias, foi tão fofo... argh ele acha que estou travestida de "aluna"!!!
***
Nem estou lendo mais, tá vendo? É isso que dá trabalhar, eu disse.
Dornellas é quem estava certo em dizer que as mulheres já nascem com uma faculdade.
E é por isso que eu saí de "lá".
Não nasci para trabalhar.
Vamos virar hippies baby?
***
Comprei calcinhas, tem lilás, com borboletinhas, floridinha, tem laranja e azul e tem preta e a da Minie.
***
Nossa, tem 80 questões de matemática financeira para quarta que vem! Fica calmo Dalmo! Eu vou entregar se Deus quiser e meu irmão me ajudar! Raciocínio Lógico tá me matando na unha. E ainda tem o trabalho "Ações e bolsas de valores". Help, help, help!!!
***
Eu vou lá, ver minha amiga em "O Casamento do Pequeno Burguês", do Brecht. Eu vou! É domingo né? Eu vou sim...
***
Meu avô nem bem esfriou no caixão, já estamos fazendo "levantamentos". Não se respeita mais a morte nem a dor hoje em dia. Os papéis da herança já estão "rolando". Tadinho...
***
Tenho milhões de coisas acumuladas, não se importe se eu não responder o que você realmente perguntou.
***
Quantos graus você usa?
Não importa, só vejo tristeza.

sábado, 23 de maio de 2009

Augusto dos Anjos

Ao meu pai doente

Para onde fores, Pai, para onde fores
Irei também, trilhando as mesmas ruas…
Tu, para amenizar as dores tuas,
Eu, para amenizar as minhas dores!
Que coisa triste! O campo tão sem flores,
E eu tão sem crença e as árvores tão nuas
E tu. Gemendo, e o horror de nossas duas
Magoas crescendo e se fazendo horrores!
Magoaram-te, meu Pai?! Que mão sombria,
Indiferente aos mil tormentos teus
De assim magoar-te sem pesar havia?!
- Seria a mão de Deus?! Mas Deus enfim
É bom, é justo, e sendo justo, Deus,
Deus não havia de magoar-te assim!
II
Madrugada de Treze de janeiro.
Rezo, sonhando, o oficio da agonia
Meu Pai nessa hora junto a mim morria
Sem gemido, assim como um cordeiro!
E eu nem lhe ouvi o alento derradeiro!
Quando acordei, cuidei que ele dormia
E disse à minha Mãe que me dizia:
“Acorda-o”! Deixa-o, Mãe, dormir primeiro!
E saí para ver a Natureza!
Em tudo o mesmo abismo de beleza
Nem uma névoa no estralado véu…
Mas pareceu-me, entre as estrelas flóreas,
Como Elias, num carro azul de glórias,
Ver a alma de meu Pai subindo ao Céu!
III
Podre meu Pai. A Morte o olhar lhe vidra.
Em seus lábios que meus lábios osculam
Micro-organismos: fúnebres pupulam
Numa fermentação gorda de cidra.
Duras leis as que os homens e, a hórrida hidra
A uma só lei biológica vinculam,
E a marcha das moléculas regulam,
Com a invariabilidade da clepsidra!…
Podre meu Pai! E a mão que enchi de beijos
Roída toda de bichos, como os queijos
Sobre a mesa orgíacos festins!…
Amo meu Pai na atômica desordem
Entre as bocas necrófagas que o mordem
E a terra infecta que lhe cobre os rins!

Declamado lindamente por minha avó, ao lado do caixão de meu avô. A pedido do filho mais velho do casal.

Kierkegaard

Kierkegaard é um dos raros autores cuja vida exerceu profunda influência no desenvolvimento da obra. As inquietações e angústias que o acompanharam estão expressas em seus textos, incluindo a relação de angústia e sofrimento que ele manteve com o cristianismo – herança de um pai extremamente religioso, que cultuava a maneira exacerbada os rígidos princípios do protestantismo dinamarquês, religião de Estado.
Sétimo filho de um casamento que já durava muitos anos – nasceu em 1813, quando o pai, rico comerciante de Copenhague, tinha 56 e a mãe 44 –, chamava a si mesmo de "filho da velhice" e teria seguido a carreira de pastor caso não houvesse se revelado um estudante indisciplinado e boêmio. Trocou a Universidade de Copenhague, onde entrara em 1830 para estudar filosofia e teologia, pelos cafés da cidade, os teatros, a vida social.
Foi só em 1837, com a morte do pai e o relacionamento com Regina Oslen (de quem se tornaria noivo em 1840), que sua vida mudou. O noivado, em particular, exerceria uma influência decisiva em sua obra. A partir daí seus textos tornaram-se mais profundos e seu pensamento, mais religioso. Também em 1840 ele conclui o curso de teologia, e um ano depois apresentava "Sobre o Conceito de Ironia", sua tese de doutorado.
Esse é o momento da segunda grande mudança em sua vida. Em vez de pastor e pai de família, Kierkegaard escolheu a solidão. Para ele, essa era a única maneira de vivenciar sua fé. Rompido o noivado, viajou, ainda em 1841, para a Alemanha. A crise vivida por um homem que, ao optar pelo compromisso radical com a transcendência, descobre a necessidade da solidão e do distanciamento mundano, está em Diários.

Na Alemanha, foi aluno de Schelling e esboça alguns de seus textos mais importantes. Volta a Copenhague em 1842, e em 1843 publica A Alternativa, Temor e Tremor e A Repetição. Em 1844 saem Migalhas Filosóficas e O Conceito de Angústia. Um ano depois, é editado As Etapas no Caminho da Vida e, em 1846, o Post-scriptum a Migalhas Filosóficas. A maior parte desses textos constitui uma tentativa de explicar a Regina, e a ele mesmo, os paradoxos da existência religiosa. Kierkegaard elabora seu pensamento a partir do exame concreto do homem religioso historicamente situado. Assim, a filosofia assume, a um só tempo, o caráter socrático do autoconhecimento e o esclarecimento reflexivo da posição do indivíduo diante da verdade cristã.
Polemista por excelência, Kierkegaard criticou a Igreja oficial da Dinamarca, com a qual travou um debate acirrado, e foi execrado pelo semanário satírico O Corsário, de Copenhague. Em 1849, publicou Doença Mortal e, em 1850, Escola do Cristianismo, em que analisa a deterioração do sentimento religioso. Morreu em 1855.
Filósofo ou Religioso?
A posição de Kierkegaard leva algumas pessoas a levantar dúvidas a respeito do caráter filosófico de seu pensamento. Pra elas, tratar-se-ia muito mais de um pensador religioso do que de um filósofo. Para além das minúcias que essa distinção envolveria, cabe verificar o que ela pode trazer de esclarecedor acerca do estilo de pensamento de Kierkegaard. Pode-se perguntar, por exemplo, quais as questões fundamentais que lhe motivam a reflexão, ou, então, qual a finalidade que ele intencionalmente deu à sua obra.
Estamos habituados a ver, na raiz das tentativas filosóficas que se deram ao longo da história, razões da ordem da reforma do conhecimento, da política, da moral. Em Kierkegaard não encontramos, estritamente, nenhuma dessas motivações tradicionais. Isso fica bem evidenciado quando ele reage às filosofias de sua época – em especial à de Hegel. Não se trata de questionar as incorreções ou as inconsistências do sistema hegeliano. Trata-se muito mais de rebelar-se contra a própria idéia de sistema e aquilo que ela representa.
Para Hegel, o indivíduo é um momento de uma totalidade sistemática que o ultrapassa e na qual, ao mesmo tempo, ele encontra sua realização. O individual se explica pelo sistema, o particular pelo geral. Em Kierkegaard há um forte sentimento de irredutibilidade do indivíduo, de sua especificidade e do caráter insuperável de sua realidade. Não devemos buscar o sentido do indivíduo numa harmonia racional que anula as singularidades, mas, sim, na afirmação radical da própria individualidade.
De onde provém, no entanto, essa defesa arraigada daquilo que é único? Não de uma contraposição teórico-filosófica a Hegel, mas de uma concepção muito profunda da situação do homem, enquanto ser individual, no mundo e perante aquilo que o ultrapassa, o infinito, a divindade. A individualidade não deve portanto ser entendida primordialmente como um conceito lógico, mas como a solidão característica do homem que se coloca como finito perante o infinito. A individualidade define a existência.
Para Kierkegaard, o homem que se reconhece finito enquanto parte e momento da realização de uma totalidade infinita se compraz na finitude, porque a vê como uma etapa de algo maior, cujo sentido é infinito. Ora, comprazer-se na finitude é admitir a necessidade lógica de nossa condição, é dissolver a singularidade do destino humano num curso histórico guiado por uma finalidade que, a partir de uma dimensão sobre-humana, dá coerência ao sistema e aplaca as vicissitudes do tempo.
Mas o homem que se coloca frente a si e a seu destino desnudado do aparato lógico não se vê diante de um sistema de idéias mas diante de fatos, mais precisamente de um fato fundamental que nenhuma lógica pode explicar: a fé. Esta não é o sucedâneo afetivo daquilo que não posso compreender racionalmente; tampouco é um estágio provisório que dure apenas enquanto não se completam e fortalecem as luzes da razão. É, definitivamente, um modo de existir. E esse modo me põe imediatamente em relação com o absurdo e o paradoxo. O paradoxo de Deus feito homem e o absurdo das circunstâncias do advento da Verdade.
Cristo, enquanto Deus tornado homem, é o mediador entre o homem e Deus. É por meio de Cristo que o homem se situa existencialmente perante Deus. Cristo é portanto o fato primordial para a compreensão que o homem tem de si. Mas o próprio Cristo é incompreensível. Não há portanto uma mediação conceitual, algum tipo de prova racional que me transporte para a compreensão da divindade. A mediação é o Cristo vivo, histórico, dotado, e o fato igualmente incompreensível do sacrifício na cruz. Aqui se situam as circunstâncias que fazem do advento da Verdade um absurdo: a Verdade não nos foi revelada com as pompas do conceito e do sistema. Ela foi encarnada por um homem obscuro que morreu na cruz como um criminoso. O acesso à Verdade suprema depende pois da crença no absurdo, naquilo que São Paulo já havia chamado de "loucura". No entanto, é o absurdo que possibilita a Verdade. Se permanecesse a distância infinita que separa Deus e o homem, este jamais teria acesso à Verdade. Foi a mediação do paradoxo e do absurdo que recolocou o homem em comunicação com Deus. Por isso devemos dizer: creio porque é absurdo. Somente dessa maneira nos colocamos no caminho da recuperação de uma certa afinidade com o absoluto.
Não há, portanto, outro caminho para a Verdade a não ser o da interioridade, o aprofundamento da subjetividade. Isso porque a individualidade autêntica supõe a vivência profunda da culpa: sem esse sentimento, jamais nos situaremos verdadeiramente perante o fato da redenção e, conseqüentemente, da mediação do Cristo.
O Sofrimento Necessário
A subjetividade não significa a fuga da generalidade objetiva: ao contrário, somente aprofundando a subjetividade e a culpa a ela inerente é que nos aproximaremos da compreensão original de nossa natureza: o pecado original. E a compreensão irradia luz sobre a redenção e a graça, igualmente fundamentais para nos sentirmos verdadeiramente humanos, ou seja, de posse da verdade humana do cristianismo. A autêntica subjetividade, insuperável modo de existir, se realiza na vivência da religiosidade cristã.
A subjetividade de Kierkegaard não é tributária apenas da atmosfera romântica que envolvia sua época. Seu profundo significado a-histórico tem a ver, mais do que com essa característica do Romantismo, com uma concepção de existência que torna todos os homens contemporâneos de Cristo. O fato da redenção, embora histórico, possui uma dimensão que o torna referência intemporal para se vivenciar a fé. O cristão é aquele que se sente continuamente em presença de Deus pela mediação do Cristo. Por isso a religião só tem sentido se for vivida como comunhão com o sofrimento da cruz. Por isso é que Kierkegaard critica o cristianismo de sua época, principalmente o protestantismo dinamarquês, penetrado, segundo ele, de conceituação filosófica que esconde a brutalidade do fato religioso, minimiza a distância entre Deus e o homem e sufoca o sentimento de angústia que acompanha a fé.
Essa angústia, no entender de Kierkegaard, estaria ilustrada no episódio do sacrifício de Abraão. Esse relato bíblico indica a solidão e o abandono do indivíduo voltado unicamente para a vivência da fé. O que Deus pede a Abraão – que ele sacrifique o único filho para demonstrar sua fé – é absurdo e desumano segundo a ética dos homens.
Não se trata, nesse caso, de optar entre dois códigos de ética, ou entre dois sistemas de valores. Abraão é colocado diante do incompreensível e diante do infinito. Ele não possui razões para medir ou avaliar qual deve ser sua conduta. Tudo está suspenso, exceto a relação com Deus.
O Salto da Fé
Abraão não está na situação do herói trágico que deve escolher entre valores subjetivos (individuais e familiares) e valores objetivos (a cidade, a comunidade), como no caso da tragédia grega. Nada está em jogo, a não ser ele mesmo e a sua fé. Deus não está testando a sabedoria de Abraão, da mesma forma como os deuses testavam a sabedoria de Édipo ou de Agamenon. A força de sua fé fez com que Abraão optasse pelo infinito.
Mas, caso o sacrifício se tivesse consumado, Abraão ainda assim não teria como justificá-lo à luz de uma ética humana. Continuaria sendo o assassino de seu filho. Poderia permanecer durante toda a vida indagando acerca das razões do sacrifício e não obteria resposta. Do ponto de vista humano, a dúvida permaneceria para sempre. No entanto Abraão não hesitou: a fé fez com que ele saltasse imediatamente da razão e da ética para o plano do absoluto, âmbito em que o entendimento é cego. Abraão ilustra na sua radicalidade a situação de homem religioso. A fé representa um salto, a ausência de mediação humana, precisamente porque não pode haver transição racional entre o finito e o infinito. A crença é inseparável da angústia, o temor de Deus é inseparável do tremor.
Por tudo o que a existência envolve de afirmação de fé, ela não pode ser elucidada pelo conceito. Este jamais daria conta das tensões e contradições que marcam a vida individual. Existir é existir diante de Deus, e a incompreensibilidade da infinitude divina faz com que a consciência vacile como diante de um abismo. Não se pode apreender racionalmente a contemporaneidade do Cristo, que faz com que a existência cristã se consuma num instante e ao mesmo tempo se estenda pela eternidade. A fé reúne a reflexão e o êxtase, a procura infindável e a visão instantânea da Verdade; o paradoxo de ser o pecado ao mesmo tempo a condição de salvação, já que foi por causa do pecado original que Cristo veio ao mundo. Qualquer filosofia que não leve em conta essas tensões, que afinal são derivadas de estar o finito e o infinito em presença um do outro, não constituirá fundamento adequado da vida e da ação. A filosofia deve ser imanente à vida. A especulação desgarrada da realidade concreta não orientará a ação, muito simplesmente porque as decisões humanas não se ordenam por conceitos, mas por alternativas e saltos.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

domingo, 12 de abril de 2009

Domingo de Páscoa




Amanheceu frio,
tão frio que quando eu sai de casa saiu "fumaça" da minha boca,
é...
Domingo de Páscoa,
vi coisa rara de se ver (era frio de uns 16 graus),
vapor na boca, aqui nesta quase-savana-brasileira que é o Planalto Central, meu cerradão!




segunda-feira, 6 de abril de 2009

Sem ser...

Sou casca vazia, raiz seca.

Sem cor, sem vida, sem ser...

Corpo que anda rígido

Vida escura, olhos de vidro no chão.

Olho este que vê e não compreende.

Fantasia e tinta enfeitam minha imagem,

Tal qual belo vaso que guarda restos mortais.

Fantasmas e medos marcham em minha mente,

Mente fria que guia orgãos mornos...

(Desejos contidos, tigela de emoções).

Não quero entender, por mais que seja simples.

Não quero me render, por mais que seja óbvio.

Tenho alma antiga, cansada.

Sou savana sedenta.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Teste psicológico das cores.

Ana


Como você opera, age, frente aos seus objetivos e desejos:precisa libertar-se da tensão. Anseia por paz, tranqüilidade e contentamento.Procura o luxo, o conforto sensual e o prazer de desenvolver interesses voluptuososSuas preferências reais:Necessita de, e insiste nisso, uma relação íntima e compreensiva, ou pelo menos algum modo de satisfazer a compulsão de sentir-se identificado.Necessita de paz e tranqüilidade. Deseja um cônjuge amante e fiel, do qual possa exigir consideração especial e afeto incondicional. Se essas exigências não são satisfeitas, é capaz de se afastar e isolar-se de todo.Sua situação real:É infeliz com a resistência que encontra, sempre que tenta afirmar-se. Todavia, acredita que não há muito o que possa fazer, e que deve conformar-se com a situação.Sente-se preso numa situação angustiante e incômoda, e procura o meio de obter alívio. É capaz de sentir satisfação na atividade sexual, contanto que nenhuma perturbação ou agitação emocional esteja envolvida.O que você quer evitar:Interpretação fisiológica: Tensão e ansiedade devidas a conflito entre esperança e necessidade, seguido de desapontamento intenso. Interpretação psicológica: O desapontamento e as esperanças irrealizadas têm dado origem a uma incerteza angustiante, enquanto duvida de que as coisas melhorarão no futuro, o que o leva ao adiamento de decisões essenciais. Este conflito entre esperança e necessidade está criando considerável pressão. Em lugar de resolvê-lo, enfrentando corajosamente a tomada da decisão essencial, é capaz de empenhar-se na busca de trivialidades como meio de fuga. Em suma: Vacilação causando frustração.Interpretação fisiológica: Incerteza e preocupação de perder oportunidades têm levado a um limite de tensão angustiante Interpretação psicológica: Acha que a vida deve dar mais do que está dando e que suas esperanças e desejos devem, de algum modo, realizar-se, que eles lhe devem ser inteiramente concedidos. A incerteza atual é causa de preocupação considerável, e está tenso e alerta para não perder qualquer oportunidade que aparecer. Está ansioso para evitar outros reveses e qualquer perda de posição ou prestígio. Tenta assegurar-se de que não será ignorado e tem grande necessidade de estabilidade emocional. Em suma: Tensamente expectante.Seu problema real:O desapontamento pela não-realização de seus ideais e o temor de que a formulação de novas metas só levarão a outros reveses têm resultado em considerável ansiedade. Procura escapar-lhe para uma união tranqüila e harmoniosa que o proteja da insatisfação e da falta de afeição.O medo de que o impeçam de conseguir o que deseja aumenta sua necessidade de segurança e de segurança e de ausência de conflitos. Portanto, está procurando estabilidade e ambiente favorável onde possa relaxar-se.

Faça este teste em http://www.bne.com.br/cores/default.asp .

quarta-feira, 18 de março de 2009

É

Tinha tantas coisas para escrever. Minha cabeça parece um turbilhão louco de ideias, não consigo relaxar, até as meditaçãoes estão difíceis.
Esta noite eu sonhei que um amigo da família tinha morrido e eu estava no enterro. Tinha muita gente, muita gente mesmo, mais ou menos umas 2.000 pessoas. Mas o que mais me deixou impressionada neste sonho foi que tinha um homem cantando, ele cantava uma música linda, com uma voz divina que fazia todas os presentes chorarem. Acho que era a voz de um anjo. Uma coisa muito linda mesmo, indefinível neste plano. Eu acordei chorando...

Estou pensando em escrever alguns contos, várias ideias já me vieram à cabeça, mas eu não consigo ordena-las. Não sou uma boa escritora (que pretensão, nem escritora sou!).
Gostaria de saber me expressar melhor.
Vou tentar escrever um conto sobre uma menina que conheci outro dia, ela se chama Kami. Não é promessa... são muitas coisas, conversamos sobre vários assuntos.
Mas isso é pra depois...

quarta-feira, 4 de março de 2009










"Do meu telescópio, eu via Deus caminhar! A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isto fica sendo a minha última e mais elevada descoberta."




Isaac Newton




quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Fernando Pessoa

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,

mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.

E que posso evitar que ela vá a falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver

apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas ese tornar um autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrarum oásis no recôndito da sua alma .

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.

É saber falar de si mesmo.

É ter coragem para ouvir um 'não'.

É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?

Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

Lisboa, 13 de Junho de 1888 - Lisboa, 30 de Novembro de 1935